segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Constante 0030 | O telefone tocou, ele atendeu

 

Depois de mais um dia de procura de trabalho, colocada a roupa batida de dormir, ligou a TV e procurando alguma coisa no YouTube, deu vontade de ouvir Johnny Cash.

Se deu conta de eu nunca havia visto um show completo dele na vida. É claro que tinha visto a biografia com o Joaquim, vira várias apresentações dele em videoclipes. Mas nunca um show inteiro.

Começou a ouvir música country quando era criança. Até que gostava do gênero no geral, tanto o americano quanto o sertanejo brasileiro raiz, mas não costumava ouvir muito. Exceto Johnny Cash. Folsom Prison Blues sabia de cor. American IV foi ouvido exaustivamente na adolescência.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Constante 0029 | Não sei o que é isso aqui

 

            Isso aqui é... ah, sei lá. Vou só escrever aqui, tá?

            Cheguei em casa e me senti estranho. Como se algo fosse acontecer.

Tomei uma água, liguei a TV, para ver se passava o medo. É, acho que o que eu estava sentindo era medo. Pelo menos parecia ser.

Tranquei a porta. Vai que, né?

Dei uma mijada.

Nada de estranho. Tudo aparentemente normal.

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Constante 0028 | Estou parecendo um zumbi

 


Eu estou cansado e com dores. Pareço um zumbi.

Dormi pouco, na verdade nem tão pouco, umas 7 horas. Mas não foi o suficiente. Depois do almoço, achei que essa caneca de café daria conta do recado, mas não deu.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Constante 0027 | Acho que eu não devia tomar mais uma, sabe

 


- Mas então, e aí, o que que era aquele barulho na tua caminhonete?

Bruno tomou um gole da cerveja antes de responder.

- Humm, nem me fale. Adivinha o que que era?

- Não sei não.

- Step murcho. Aí ficava um vão no suporte e ficava batendo e fazendo aquele barulho quando passava em alguma coisa.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Constante 0026 | O cinza do céu estava lá

 

Bem, o dia começou meio cinza para mim. Não sei. Parecia que ia ser um dia bom. Era um... pressentimento, sabe. Eu estava errado.

Primeiro bati o carro. Fiquei no prejuízo. Paguei o cara do outro carro pra discussão ficar menor e mais barata. Fui direto pro mecânico.

E ele falou, Caraio, cê deu quanto pro cara? Por uma raladinha dessa? Cê é louco.

Vai ve que eu sou mesmo, eu disse.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Constante 0025 | Sem título, por enquanto

 

Ele suspirou antes de começar a escrever.

Mas apenas começou. Não sabia o que queria com aquilo. Não escrevia há meses. Não sabia se conseguiria de novo.

Deletou tudo o que acabara de escrever. Não parecia ser bom o suficiente.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Constante 0024 | Erros, fundação, as ruas de dentro

 

E eu existo nessas ruas. Olho para você, mas você não me vê. Pouca gente me vê. Talvez me olhem de alguma forma quando compro algo, mas mesmo assim, é muito pouco, muito rápido, muito sentimental, sei lá, parece que ninguém se importa. O tempo passa e não sei o que fazer.

As coisas se amontoam e não consigo encontrar tempo o suficiente para fazê-las. E tudo bem. Ele vai passar. Não tem jeito. Algumas teclas do teclado do computador não funcionam direito e eu tenho que pressionar bem fundo para que a letra apareça na tela. Mas ele já tem quase dez anos, então não posso reclamar. Está lutando bravamente para permanecer ligado hoje em dia.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Constante 0023 | Sábado rubro-verde

 

Eu tinha ido assistir uma palestra na biblioteca de São Paulo. No caminho, dentro do ônibus, fiquei pensando se chovia ou não. Se não chovesse eu iria ao Canindé. Era um sábado. A palestra às 11, o jogo às 3. Fazia uns 6 anos que eu não ia no estádio. A palestra era mais um bate-papo com o microfone pra platéia, e se eu não me engano era da Elvira Vigna. Não me lembro muito do bate-papo. Sei que não fiz nenhuma pergunta. Deve ter a gravação no YouTube, se tiver a paciência de procurar.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Constante 0022 | Só para de me encher o saco

Eu olhei para ele e ele falou

- Pô, cara, você só pode tá de brincadeira comigo, né?

Mas eu não tava.

- Cê tá de zuera que cê não lembra de mim!

Eu não lembrava. Porra, para de me encher o saco, cara. Só tava querendo beber minha cerveja em paz.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

lidos jan/2021

 

Mark Manson – F*deu geral: Um livro sobre esperança?