Puta
que pariu, murmurou para si mesmo, enquanto corria.
Dois
com capacetes, não de motociclistas, mas uns estranhos, que ele nunca tinha
visto antes, corriam atrás dele.
Ele
estava andando na rua, despreocupado, indo em direção ao supermercado, quando
sentiu um cano de arma em suas costas. Entrou em pânico e começou a correr.
Os
outros atiraram. Erraram. Ele acabara de dobrar a esquina. Foi até o final.
Desviou
numa ruazinha. Mas deu de cara com os dois.
Apontavam
as duas armas para sua cabeça.
Ele se
agachou.
Não
queria morrer.
Não
queria morrer e morrer sem saber o porquê precisava morrer.
Haviam
confundido ele com outra pessoa?
Caralhonãomemataporfavorcaralho!,
disse, com as duas mãos enterradas no rosto.
Ouviu o
som de dois tiros.
Logo depois,
o silêncio.
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