Ares andava sobre as áridas terras de
um mundo destruído. Armado apenas de uma espada ensanguentada, com a qual já
havia tirado a vida de vários terríveis monstros e criaturas desde que vieram à
Terra.
O pânico foi geral e a destruição
ocorreu por conta de um portal aberto. Várias criaturas que antes habitavam
seus mundos de lendas e fantasia; renasceram em nosso. Foi o caos completo.
Ele estava acompanhado de uma mulher
que fora uma vez chamada de Chapeuzinho Vermelho. Mas isso foi há muito tempo
atrás. Ela cresceu. Tornou-se uma guerreira. E a única coisa que ela quer é se reencontrar
com o Lobo e segurar seu coração com as próprias mãos.
A situação em que o deus da guerra e
ela se encontraram foi de ajuda mútua.
De um lado a Hidra corria atrás dela,
do outro a deusa celta Carman, atrás da espada de Ares. Os dois acabaram
derrotando os dois e então formaram uma parceria.
Nesse novo mundo, os simples humanos
tentaram sobreviver, porém poucos conseguiram.
Os heróis tentam combater os monstros.
Alguns desses últimos tentam redenção. Mas é raro.
Eles conseguiram uma informação de que
o Lobo estaria aliado em uma resistência contra as criaturas marinhas, com
Poseidon como líder. Era um dos casos raros de redenção.
Mas ela não se importava com isso.
Os dois estavam a poucas horas de
caminhada do local.
“Irá concluir seu plano, guerreira?”
“Mas é claro que sim.”
“Mesmo sabendo que ele está do lado dos
heróis?”
“Heróis? Você se acha um herói, Ares?”
“Garota, em guerras não há heróis e
vilões, há apenas sangue e destruição. Eu tento fazer o meu melhor. Mas e você?”
“Não sei. Só sei que eu era apenas uma
garotinha inocente até ele aparecer.”
“Quer dizer que ele também...”
“Não, seu pervertido. Ele matou a minha
família.”
“Qual foi o motivo? Nunca me disse qual
foi o motivo de tal ação.”
“Ele é um psicopata. É isso.”
Ela bebeu um pouco de água. Entregou o
cantil para Ares.
Ele bebeu.
“Você foi bem gentil ontem à noite.”
Ares parou.
Ela olhou para ele.
“De nada?”
“Não, não é isso. É que você é o “deus
da guerra”. Pensei que seria mais...”
“Violento?”
“É... Talvez. Sei lá.”
“Eu guardo a violência para o combate.”
“Ok.”
Continuaram a andar.
“Quer que revejamos o plano?”,
perguntou Ares.
“Não, não precisa. Vamos bater em todos
os bares. Ele vai estar em algum.”
“Mas provavelmente estará no meio de
amigos.”
“É, isso é verdade. Então nesse momento
você entra em cena.”
“Eu?”
“Isso. Se eu tiver que atrair ele para
fora do bar ele pode me reconhecer.”
“Mas você não era apenas uma criança
naquela época?”
“Sim, mas... Bom, nunca se sabe.”
Silêncio.
“Obrigada, Ares.”
“Pelo que?”
“Por me ajudar.”
“Conheço a vingança. Na verdade é uma
velha conhecida. Só te digo uma coisa: Talvez não seja tão compensador quanto
espera.”
“Eu lido com isso quando chegar a hora.”
“E quando o grande momento chegar, você
quer que eu a ajude?”
“Não. Nem pense nisso. Você sai de
cena. Vai ser só eu e ele.”
“Tudo bem, então.”
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